A ONU designou o dia 26 de junho como o Dia Internacional
da Luta contra o Uso e o Tráfico de Drogas. O Brasil adotou-o com o Dia
Nacional de Combate às Drogas, cujas comemorações nas escolas e entidades se
estendem por mais de uma semana, tal a importância que o tema suscita em toda a
sociedade.
Atualmente, obter informação sobre drogas é
muito fácil, pois o acesso aos meios de comunicação (televisão, revistas,
internet etc.) é viável para todos, independentemente do nível econômico da
pessoa. Se, por um lado, essa facilidade de informação pode ser esclarecedora
quando as drogas são abordadas com seriedade, por outro lado, pode ser uma
porta aberta para o consumo delas, uma vez que há muitas propagandas a favor do
vício, direta ou indiretamente, sobretudo nas novelas. Muitas vezes, os
próprios pais incentivam seus filhos ao consumo de drogas, por meio de exemplos
pessoais ou mesmo por brincadeira.
Pais e educadores precisam estar bem
informados sobre os perigos e as conseqüências das drogas e conservar com os
filhos de maneira franca, pois o diálogo é o melhor caminho.
A dependência química é uma doença crônica e
reincidente, caracterizada pelo consumo compulsivo de drogas. Por isso, é
indispensável a ajuda de um profissional competente. Por mais que as drogas
sejam atraentes e prazerosas no início, a realidade do vício é bem diferente. O
viciado passa por uma experiência terrível de angústia, insegurança e medo. A
família sofre tanto quanto ele. Muitas delas são destruídas durante esse
processo. O vício pode ser tratado, mas o sucesso desse tratamento depende de
uma variedade de fatores.
O tráfico de drogas movimenta muito dinheiro,
razão pela qual não se pode negar que a empresa do narcotráfico seja altamente
poderosa e perigosa. A campanha dos traficantes é mais eficaz do que todas
aquelas efetuadas contra as drogas. Por isso, não se deve ter a ilusão de que
as drogas serão combatidas facilmente. É preciso implantar outras medidas
repressivas e, sobretudo, preventivas. É na família, portanto, que deve começar
a luta contra o narcotráfico, com continuidade nas salas de aula, para que os
jovens sejam reeducados e reintegrados ao convívio social, livres do vício e da
violência.